O IESP-UERJ convida Paulo Nogueira Batista Jr. para ministrar a sétima e última palestra do Ciclo de Palestras do IESP-UERJ 2022.1. O convidado apresenta a conferência “O Brasil não cabe no quintal de ninguém”.
Segunda-feira, 27 de junho de 2022.
Organização do Ciclo: Carlos R. S. Milani e José Szwako
Assistência técnica: Mariane Costa Matos
Na versão ocidental, a guerra na Ucrânia é apenas um passo de um projeto mais amplo de agressão e expansão planejado por Putin. Mas há uma outra perspectiva, que não recebe espaço na mídia ocidental. A invasão da Ucrânia seria uma resposta à guerra movida por Kiev contra Donbass desde 2014 e intensificada no início de 2022.
Um balanço dos três primeiros meses da guerra na Ucrânia. A realidade parece muito diferente do que se propaga na mídia ocidental, diz o economista Paulo Nogueira Batista Jr.
Link para apoiar o documentário de Joaquim de Carvalho sobre os 580 dias da prisão de Lula: https://www.catarse.me/580dias
O próximo governo precisa colocar em pauta a revisão do arcabouço monetários. Algumas mudanças feitas nessa área no atual governo ameaçam a soberania monetária do Brasil.
A tese muito difundida de que o planeta está se dividindo em blocos não tem base factual. O único bloco importante no mundo é o europeu, analisa neste vídeo o economista Paulo Nogueira Batista Junior. Na América Latina, a experiência que mais se aproxima disso é o Mercosul, mas com limitações importantes ao aprofundamento da integração. O caminho para o Mercosul é promover a entrada da Bolívia e desfazer a suspensão da Venezuela, dois países que não se submeteram a áreas de livre comércio invasivas com os EUA.
As tendências de “desglobalização”, nacionalização e regionalização, após a pandemia e as consequências da guerra na Ucrânia, tornam ainda mais importante retomar a integração da América Latina e do Caribe, fortemente abalada nos anos recentes.
A controvérsia entre economistas progressistas sobre o rumo das políticas de gasto está se exacerbando com a aproximação de um possível governo Lula.
A decisão de Putin de invadir a Ucrânia é lamentável e vai causar muito sofrimento. Mas o brasileiro precisa desconfiar de narrativas unilaterais que omitem a responsabilidade do governo e das lideranças ucranianas pela situação a que se chegou.
Uma lição que a situação precária da Ucrânia nos deixa: não se pode delegar a ninguém a defesa nacional.