No auge de uma crise econômica e social sem precedentes, Nocaute colocou um desafio para quatro dos mais respeitados economistas brasileiros: o que você faria hoje, se fosse ministro da Fazenda do Brasil? Leia nesta reportagem especial as respostas de Luiz Gonzaga Belluzzo João Sicsú, Persio Arida e Paulo Nogueira Batista Jr.
Bolsonaro depois de Moro
Comentário sobre o quadro político e as perspectivas do governo Bolsonaro após a demissão tumultuada do ministro da Justiça.
Impeachment em meio à pandemia?
Macroeconomia na crise de 2020: dívida pública, política monetária e bancos privados
O debate econômico no Brasil mudou muito nos meses recentes, mas ainda está engatinhando em face da dimensão avassaladora da crise. Logo nos primeiros momentos, estabeleceu-se virtual unanimidade quanto à urgência de uma rápida e substancial ampliação do gasto público. “Somos todos keynesianos agora”, repetiu-se urbi et orbi. Ora, como dizia Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra – e esta não escapa à regra rodrigueana.
Chamou a atenção a desfaçatez com que economistas ortodoxos (de galinheiro, claro) passaram subitamente a clamar por intervenção estatal e políticas macroeconômicas expansionistas – não keynesianas, diga-se, mas hiperkeynesianas. Até mesmo aqueles que insistiam em proclamar, há pouco tempo, que o Estado brasileiro estava “quebrado” deram para pregar que a salvação da economia nacional dependia agora deste mesmíssimo Estado quebrado. Ironias da história.