O NBD inaugurou recentemente uma representação em Johannesburgo, na África do Sul, que funciona como pólo de negócios para toda a África. No Brasil, por enquanto, ainda não há decisão se a representação ficará em São Paulo, no Rio ou em Brasília.
Nogueira Batista, que esteve na capital chinesa, acompanhando as visitas da delegação brasileira chefiada pelo presidente Michel Temer, assim como na 9ª Cúpula dos BRICS, em Xiamen, se mostra bastante otimista quanto ao incremento de negócios e investimentos da China no Brasil, assim como na ampliação dos financiamentos do NBD em projetos no país,na Rússia, China, Índia e África do Sul, notadamente em projetos de energia renovável, como a eólica e a solar.
“Essa parceria entre os países dos BRICS já é muito importante. Vencendo todo o ceticismo que havia no início do processo há 10 anos, esses cinco países mostraram que podem cooperar de forma sistemática, criando instituições como o NBD. Os BRICS deram um outro arranjo, o Fundo Monetário dos BRICS, que é o Acordo Contingente de Reservas, que também já está pronto para funcionar. Acredito que na próxima década o acordo de cooperação entre eles será também bastante frutífero. É importante que os países preservem algumas características da cooperação, como as decisões de consenso, a atitude de parceria e amizade entre os países, mesmo que tenham interesses diferentes. Por isso é importante que o NBD seja bem sucedido”, diz Nogueira Batista.
Com relação ao aumento do interesse demonstrado pela China na economia brasileira, o vice-presidente do NBD diz que os chineses têm uma visão de longo prazo, por isso nem mesmo a lenta recuperação da economia brasileira e o conturbado quadro político impedem planos de investimento na infraestrutura. Para Nogueira Batista, no médio e longo prazo, o Brasil será sempre um parceiro importante para os chineses. “Quando você negocia com o chinês, você tem que saber que do outro lado tem alguém que sabe o que quer, que tem planos, tem agenda. Todas as vezes que converso com os chineses, dentro e fora do banco, eles têm uma visão clara do que pretendem.”
Em 2016, o NBD já aprovou sete projetos no âmbito dos BRICS no valor de US$ 1,5 bilhão. Nogueira Batista explica que a maioria é de infraestrutura sustentável, em especial energia renovável, como eólica e solar. Segundo ele, nesse meio tempo já foram aprovados mais quatro projetos, totalizando 11 no valor de US$ 3 bilhões. A expectativa é que neste ano sejam aprovados 10 projetos no montante de US$ 2,6 bilhões. No Brasil, há um projeto já assinado, uma linha de US$ 300 milhões para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), vinculada a projetos do setor privado, principalmente na área de energia renovável. Além disso, estão em negociação empréstimos que o banco fará ao Brasil em co-financiamento com dois bancos multilaterais na região: o Banco de Desenvolvimento da América Latina e o Banco da Bacia do Prata.
Em 2016, o NBD já aprovou sete projetos no âmbito dos BRICS no valor de US$ 1,5 bilhão. Nogueira Batista explica que a maioria é de infraestrutura sustentável, em especial energia renovável, como eólica e solar. Segundo ele, nesse meio tempo já foram aprovados mais quatro projetos, totalizando 11 no valor de US$ 3 bilhões. A expectativa é que neste ano sejam aprovados 10 projetos no montante de US$ 2,6 bilhões. No Brasil, há um projeto já assinado, uma linha de US$ 300 milhões para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), vinculada a projetos do setor privado, principalmente na área de energia renovável. Além disso, estão em negociação empréstimos que o banco fará ao Brasil em co-financiamento com dois bancos multilaterais na região: o Banco de Desenvolvimento da América Latina e o Banco da Bacia do Prata.
Na visão de Nogueira Batista, a atuação do NBD é estratégica, na medida em que os BRICS respondem hoje por uma parcela importante do comércio mundial.
“Rússia, Brasil e África do Sul passaram por um período de retração econômica e estão agora em fase de recuperação. Uma coisa notável é que o grau de relacionamento econômico entre eles tem crescido mais do que as economias. Só nos primeiros sete meses desse ano o Brasil exportou para a China duas vezes mais do que exportou para os Estados Unidos e três vezes mais do que para a Argentina. A China também tem muitas atividades no Brasil, comerciais e de investimentos”, finaliza o vice-presidente do NBD.
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